O Deputado Hermano Morais (PMDB) destacou nesta sexta feira (21), ao presidir a sessão solene realizada na Assembleia Legislativa sobre a Campanha da Fraternidade 2014, que tem como tema “O Tráfico Humano”, as ações da Igreja em busca da construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Ao agradecer a homenagem do Legislativo, o arcebispo Dom Jaime Vieira disse que a Campanha, com mais de 50 anos lançada no País, vem captando a cada ano os temas que se tornam merecedores de uma atenção mais específica, não só por parte da Igreja, mas, sobretudo da sociedade.
“Estamos diante de um grito do tráfico humano. Temos certeza que nos colocamos diante de um compromisso e o alcance dos frutos de sua discussão atinge a sociedade como um todo. Por isso agradecemos por essa oportunidade. O Rio Grande do Norte é um exemplo emblemático do tráfico humano, com um fato visível e registrado – o desparecimento de crianças do bairro Planalto – e ao mesmo tempo confirma a gravidade do assunto que há tantos anos não se tem conclusão dos inquéritos”, afirmou o arcebispo.
O Coordenador da Campanha no Estado, Padre João Maria do Nascimento disse que a sociedade não pode ficar calada diante do quadro do tráfico humano. “Não dá mais para ficar de braços cruzados. Não podemos nos calar, aceitar de forma passiva essa situação. Temos que ir contra essa onda tão perversa que rouba a liberdade das pessoas. Não é só identificar esse crime. É identificar e denunciar. Precisamos exigir leis que verdadeiramente possam castigar quem comete esses crimes”, afirmou.
O Senador Paulo Davim, membro da CPI sobre o Tráfico Humano, que fez parte da Mesa Diretora da Sessão, colocou que “essa é oportunidade impar para usarmos como instrumento pedagógico para o enfrentamento desse crime que é de difícil diagnostico. Não temos um Estado preparado para enfrenta-lo. Por isso atua de uma forma sem controle e sem resistência. A Igreja teve grande sensibilidade social ao escolher esse tema. Deposito esperanças nos frutos que essa Campanha vai produzir para construir instrumentos que possam minimizar esse crime”.
Fonte: Blog do Marcos Dantas.
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