No encerramento da maratona da transposição, neste quinta-feira (03) em Salgueiro-PE, uma quase unanimidade: com as obras físicas caminhando para o fim, começa agora a etapa mais desafiadora do projeto São Francisco, que é a gestão das águas e a manutenção do sistema.
Em mais de duas horas de debates com representantes dos Ministérios de Integração Nacional e do Desenvolvimento Social, os movimentos sociais expuseram uma série de problemas que podem comprometer o objetivo do projeto caso não sejam resolvidos. São problemas que vão desde indenizações aos proprietários de terras ao acesso à água, passando por questões ambientais dentro e fora da rota da transposição.
"Viemos, vimos obras magníficas, projetos arrojados que são orgulho da tecnologia. Agora começa a dimensão socioambiental do São Francisco. Queremos participar, zelar para que ele cumpra seus objetivos", disse o arcebispo de Natal Dom Jaime Vieira Rocha.
Anfitrião da comitiva, o Bispo de Salgueiro, Dom Magnus Henrique Lopes, defendeu a mobilização da sociedade para fortalecer o projeto. "Neste caminhar não podemos nos afogar. Mobilizemos-nos. Sejamos como a Asa Branca voando para a liberdade e não mais para a escravidão".
Sobre as águas da transposição, o Secretário de Recursos Hídricos do Ministério da Integração Nacional, Osvaldo Garcia,esclareceu que o projeto foi concebido para garantir o abastecimento humano e a dessedentação animal. "Mas é claro: se houver volume suficiente, poderemos atender às demais demandas. Para isso, o conselho gestor tem de disciplinar o uso da água do canal senão chegaremos a uma situação em que ela (seria usada em excesso em Pernambuco) e não chegaria à Paraíba, ao Cerá e ao Rio Grande do Norte".
Durante a solenidade, o Diretor Josivan Cardoso informou que em 80 dias será apresentado o projeto de restruturação do Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) para receber o São Francisco.
Fonte: Tribuna do Norte
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