terça-feira, 26 de agosto de 2014

Seca preocupa o Estado, que não descarta racionamento de água


A população de cinco municípios do Rio Grande do Norte está sofrendo com a falta de água. De acordo com o titular da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Luciano Cavalcanti, as cidades de Antônio Martins, Carnaúba dos Dantas, Paraná, Rodolfo Fernandes e Tenente Ananias estão em colapso, no que diz respeito ao abastecimento de água.
A situação ocorre porque no Rio Grande do Norte, assim como em todo o semiárido do Brasil, há uma seca que já persiste desde 2011. E as previsões que a Semarh tem para 2015 indicam que o ano será novamente de poucas chuvas no estado. Dessa forma, algumas das medidas que já começam a ser implantadas incluem a perfuração de poços e o racionamento, em algumas regiões do território potiguar.
Cavalcanti contou que após o monitoramento de todos os açudes do Rio Grande do Norte, foi traçado um plano de distribuição da água. Já existe um esboço desse plano, mas a secretaria precisa explicar para a população e pôr em prática o racionamento, para que o recurso seja utilizado de maneira consciente. “A classe produtora do agronegócio, os perímetros irrigados do Assu e do Apodi têm que ser beneficiados com essa água também, mas a prioridade é levar água para o abastecimento humano. Em São Miguel, por exemplo, entrou em colapso há 15 dias e hoje tem uma máquina lá, perfurando 12 poços para ver se isso repõe um pouco a solução da água daquela região”, informou.
A condição nas regiões do Seridó e Alto Oeste preocupa, uma vez que não há grandes reservatórios e a chegada da água por meio da transposição do Rio São Francisco ainda não é uma realidade. “Vamos ter dois eixos de chegada para as águas do São Francisco. Um será via Pau dos Ferros, que resolverá a questão de todo o Alto Oeste; para o Seridó é que a gente vai receber a água do São Francisco via Coremas-Mãe D’água, duas barragens da Paraíba, que transferem através do rio Piranhas-Açu chegando até Jardim de Piranhas, onde isso será distribuído pelo Seridó todo”, detalhou.
Para reverter essa realidade, o secretário ressaltou que usar a água com cuidado é essencial. É preciso mudar hábitos e acabar com comportamentos antigos como lavar calçada. “A situação é tão difícil e a gente se preocupa, porque 20 litros fazem falta. Eu conheço regiões do interior deste estado, em que as pessoas vivem com 20 litros de água por dia, é uma situação complicada, porque com esse volume mal dá para cozinhar, banho ninguém sabe como toma”, disse.
Fonte: Portal no Ar

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