As chuvas registradas no período do Carnaval renovaram as esperanças dos agricultores do Rio Grande do Norte, mas elas ainda não significam a chegada do inverno de 2015, que deve demorar mais um pouco, segundo previsão dos meteorologistas. A Emparn – Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN – registrou a ocorrência de chuvas em 64 dos 197 pluviômetros. A maior delas foi na área urbana do município de Lajes Pintadas, na região Agreste, com 78 milímetros. Mossoró e Janduís, no Oeste, vêm logo depois com 64,1 e 61,8 milímetros respectivamente. A medição da Emparn se refere ao acumulado no período de 13 a 19 de fevereiro. Por mesorregião, choveu em 34 municípios do Oeste, 14 da Central, sete do Agreste e sete da faixa litorânea. Nessas últimas duas regiões o inverno ocorre de maio até meados de agosto.
Para hoje (20), a previsão é de tempo parcialmente nublado com pancadas de chuvas no período. “A atuação do Vórtice Ciclônico de Ar Superior, juntamente com a Zona de Convergência Intertropical deixarão o céu sobre o Estado com predominância de parcialmente nublado com ocorrência de chuvas em todas as regiões, principalmente nas regiões Oeste Central e Leste”, diz o boletim da Emparn.
Nas redes sociais, internautas postaram fotos de chuvas em cidades como Santa Cruz, Coronel Ezequiel, Mossoró. Na comunidade Barão de Serra Branca, em Santana do Matos caiu granizo. A chuva foi na quarta-feira de Cinzas, com ventania e relâmpagos que assustaram os moradores. O ganizo danificou os telhados de algumas casas e o vento derrubou árvores. Também faltou energia na comunidade. “Moradores disseram que nunca tinham presenciado uma chuva com tanto vento igual a da tarde desta quarta-feira”, registrou o blogueiro Carlos Costa, de Angicos. Fotos postadas no blog mostram áreas alagadas e pessoas repondo telhadas quebradas.
De acordo com a tradição nordestina, o limite para saber se o inverno será bom ou não é o Dia de São José, 19 de março. Com as poucas chuvas em janeiro e na primeira quinzena de fevereiro, agricultores dizem que já se dão por satisfeitos se as chuvas forem suficientes para assegurar a pastagem e encher os barreiros, garantindo assim a matéria-prima para a produção de queijos e outros derivados de leite, hoje uma importante fonte de renda no interior do Estado.
Fonte: Tribuna do Norte
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