Quatro presos foram mortos e quatro feridos neste domingo (16) durante uma briga entre membros de facções criminosas rivais dentro da Cadeia Pública de Caraúbas, na região Oeste do Rio Grande do Norte.
Os mortos foram identificados como Antônio Edigleidson de Souza, o Ceará, de 27 anos; Genilson Bezerra de Oliveira, mais conhecido como Assuzinho ou Quinho, de 36 anos; Gledstone Clementino Araújo, chamado de Jacaré, de 36 anos; e João Paulo Silva Dias, o JP, de 38 anos.
O confronto começou por causa da transferência de um interno que faz parte de uma facção para uma ala que é dominada por um grupo rival. Ainda na noite do sábado (15), este preso que iria trocar de pavilhão foi levado para o setor de triagem. Lá ele foi reconhecido pelos rivais e acabou sendo agredido. Os agentes o devolveram para a ala de onde ele havia saído e os demais detentos ficaram sabendo que ele havia apanhado. Daí, já no final da manhã deste domingo, os presos quebraram as grades das celas e partiram para vingar o colega. Foi quando houve o confronto", explicou o delegado Erick Gomes. "Depois, houve uma negociação com a presença de representantes da OAB e o controle da unidade foi retomado", acrescentou.
Mais cedo, também em contato com o G1, a diretora da unidade havia dito que os internos só encerrariam a rebelião com a presença de representantes da comissão de Direitos Humanos da OAB. “É o que eles querem, uma garantia de que terão a integridade física resguardada", disse Ivna Benevides.
Ainda de acordo com o delegado, os presos feridos foram socorridos ao hospital da cidade e devem ser ouvidos no início da semana. "Agora iremos trabalhar para identificar os responsáveis pelas mortes. Quatro pessoas foram assassinadas. Os que sobreviveram podem colaborar com as investigações. Pelo menos é o que nós esperamos. Também vamos ouvir, já nesta segunda (17), a direção da cadeia e os agentes penitenciários", acrescentou Erick Gomes.
A Cadeia Pública de Caraúbas tem capacidade para 96 internos, mas atualmente possui 170 presos. A unidade, que em maio foi parcialmente interditada pela Justiça, encontra-se impedida de receber novos apenados.
Fonte: G1 RN
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