No dia 21 de junho de 1970, a Seleção Brasileira de Futebol conquistava o tri-campeonato mundial, motivo de muitas alegrias para toda torcida Brasileira. Também no dia 21 de junho de 2020, há exatamente 50 anos, a cidade de Parelhas-RN sofreu uma grande perda, a morte do ex-jogador Cantidiano Bezerra da Silva popularmente conhecido por Canteiro.
Nesse mesmo período, Parelhas vivia as alegrias dos tantos títulos conquistados pelo Centenário Esporte Clube, nas competições de futebol amador, realizadas na região do Seridó e Estado, o qual chegou a ser considerada a melhor equipe amadora do Nordeste.
Canteiro chegou em Parelhas no ano de 1964, trazido pelo seu irmão Evilásio, com o objetivo de integrar a equipe do Centenário, que nos anos 60 conquistou quatro Seridosão, um vice-campeonato do Matutão no ano de 1966, a Taça Aluísio Alves, (Matutão de 1968) e vários outros torneios. Entre tantos títulos, sua maior conquista foi a Taça Aluísio Alves no ano de 1968.
Canteiro fez história e ficou querido pela torcida do azulão do Seridó, onde formou com Hermes a maior dupla de ataque de todos os tempos. Grande jogador, disciplinado, driblador, rápido, chutava com as duas pernas e batia muito forte, por muitas vezes deixou Hermes na cara do gol, sempre com grande visão de jogo. Esse era craque.
Jogando com Hermes em Natal no Estádio Juvenal Lamartine, uma das vezes que o Centenário foi disputar, um certo jornalista ficou entusiasmado com a tabela entre os dois, chegou a compará-los com a mesma dupla que Pelé e Coutinho, do Santos de São Paulo faziam.
Canteiro chegou a jogar com Lula, ponta-esquerda do Fluminense do Rio de Janeiro, o qual o levou para fazer teste no tricolor carioca. Adotou Parelhas como sua segunda cidade, onde fez grandes amigos. Canteiro casou-se com Maria da Guia Araújo Bezerra, teve três filhos e três netos. Trabalhou na Petrobrás, onde se aposentou. Ultimamente morava em Jardim do Seridó-RN, onde o seu passa tempo era pescar.