O decreto de situação de emergência em 153 municípios do Rio Grande do Norte que sofrem com a estiagem prolongada foi prorrogado por mais 180 dias. A renovação, assinada pelo governador Robinson Faria, foi publicada na edição desta quinta-feira (24) do Diário Oficial do Estado.
Segundo o governo, a seca que atinge o estado desde 2012 já contabiliza prejuízos que superam a cifra de R$ 4 bilhões e 698 milhões, o que representa uma redução de 57,54% da produção agropecuária em anos de inverno normal.
No caso de grãos – milho, arroz, feijão e sorgo –, o governo afirma que houve uma redução de plantio da ordem de 28,32%, quando comparado com a área plantada em 2014, ano considerado seco, seguida de uma redução na produção de 30,86%, se comparado à produção obtida naquele ano de seca severa. “Neste ano de 2015, até a presente data, a situação invernosa no estado continua preocupante”, reforça o decreto.
O documento afirma que a escassez também atingiu a produção de frutas irrigadas, chegando a uma redução de 25% no volume produzido. Para a cana de açúcar, a queda foi de 30 %. Para a pecuária, os prejuízos foram da ordem de 60 %, o mesmo percentual de redução para as culturas de subsistência, inclusive o algodão e a castanha de caju.
Durante o período em que persistir a situação de emergência, poderá o estado contratar com dispensa de licitação obras e serviços que se mostrarem aptos a aliviar as consequências provocadas pela estiagem.
Segundo o governador Robinson Faria, o governo do estado está traçando estratégias de ação para a convivência com a estiagem. O plano, para o qual foram pleiteados R$ 63 milhões junto ao governo federal, é pensado para os próximos seis meses. “Estramos enfrentando a maior crise hídrica da história do nosso estado”, frisou.
Três pontos principais compõem o plano. No primeiro, o estado pretende equipar, perfurar e comprar materiais para poços. O segundo diz respeito à forragem e ração animal, principalmente para os pequenos agropecuaristas. O último, é sobre a utilização de carros-pipa. O governo quer que o Exército Brasileiro também abasteça a zona urbana das cidades que estão em colapso.
Fonte: G1 RN
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